quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

1Zé Boi Ainda estava escuro ,quando Zé Boi levantou da cama , se benzeu e foi direto para o quintal da pequena casa . Rita que acordara antes tinha deixado o seu quarto e começara os afazeres domésticos. Zé Boi estava se lavando quando o sol despontou , e Zé gritou: Aí seu preguiçoso , ganhei mais uma vez , tem jeito não , não ganha uma. Zé foi ao estábulo arriou seu cavalo o castanho, levou para porta de casa atrelou a carroça e pois sua carga ,santos, esculturas , produtos de seu trabalho como bom artesão que era e muito respeitado na arte que aprendera do pai, seu Arnaldo , Zé Boi, recebia encomendas de todo o estado e até de fora do país . Zé Boi tomou a benção de Rita sua mãe de leite e de criação e se pois a caminho de Curiapeba , era um bom pedaço de chão até a feira , no caminho Zé Boi ia ruminando os pensamentos : Lembrava das coisas que Rita lhe contava sobre sua vida desde seu nascimento , como perdera a mãe biológica , do desprezo de seu pai, porque achava que ele fora o causador de sua morte prematura no parto , segundo Rita , tudo acontecera a seguinte maneira : Seu José Arnaldo , já com quarenta e cinco anos casara com dona Lurdes que tinha pouco mais trinta , e engravidara nos primeiros meses do casamento , mais foi uma gravidez de muito risco , a parteira dona sinhá Tereza já havia avisado que não podia fazer o parto e que José Arnaldo deveria levar dona Lurdes para se assistida por um médico . Quando dona Lurdes entrou em trabalho de parto ainda não tinha ocorrido os nove meses e sim oito e não deu tempo de levar dona Lurdes, sinhá Tereza , foi chamada , quando chegou e viu o estado d a grávida foi muito franca ao dizer : Seu José , só posso salvar o menino porque ele já está nascendo , Dona Lurdes Deus já a está levando , e quem sou eu para contrariar a vontade de Deus ?, Seu José Arnaldo perguntou a sinhá Tereza , e o que eu faço com este traste que matou a mãe? Sinhá Tereza olhou bem nos olhos do homem e disse: Esse traste é seu filho , o filho que o senhor fez com a graça de Deus, e Deus lhe manda criar e logo lhe mostrará como criar , e sem mais dizer já estava para sair quando se lembrou que havia feito um parto no dia anterior e a mulher tinha perdido a criança . Foi a procura da mulher que era solteira e tinha sido engravidada pelo filho de seu patrão e sido expulsa da casa . Sinhá Tereza procurou a mulher e contou o que tinha ocorrido e depois de muita conversa a levou até seu José Arnaldo , Ela se chamava Rita e aceitou ser ama de leite e criar o menino , mas , tinha uma condição criaria o menino como filho e nunca se deitaria com o seu Arnaldo . Seu José Arnaldo aceitou o tratado e passou a viver somente para o seu trabalho de entalhador de imagem e era conhecido reconhecido como o maior artesão da região . Rita não era muito letrada mais sabia ler e escrever , fazia qualquer tipo conta e ensinava ao menino tudo que sabia , Seu José Arnaldo depois de muita pressão , levou o menino para ser registrado e batizado , não teve festa , mais Rita fez valer o seu pedido o menino se chamaria José Arnaldo filho. Filho legitimo e José Arnaldo e dona Lurdes Ferreira . E assim José Arnaldo Filho, passou a existir legalmente.José Arnaldo crescia e, como era rejeitado pelo pai , não o contrariava perguntava somente o que era preciso perguntar sem nunca discutir suas ordens , o pai era de pouca prosa evitava o filho , mas, o menino de uma capacidade enorme de aprender não desgrudava do pai e sempre atento , quando o menino já com oito anos começou a fazer seus próprios brinquedos e suas estatuetas , seu Arnaldo as escondidas procurava dar acabamento e sem dizer nada ajudava o filho nos serviços do sitio . O sitio prosperava , duas vacas , um boi para o arado, cinco cabras ,duas porcas , um cachaço para fecundar as porcas , no sitio se plantava de um tudo e seu Arnaldo levava para a feira no final de semana muitas verduras e legumes, frutas e a vezes até um leitão em Curiabeba seu Arnaldo vendia tudo , mas , o que mais vendia era os santos e brinquedos , que a essa altura já tinha o dedo do filho, seu Arnaldo falava com certo orgulho das coisas que o filho fazia , falava para todo mundo menos para o próprio filho . Essas coisas , Rita em suas conversas com o filho lhe contara . Arnaldo como de costume foi o primeiro a montar sua barraca, e quando os outros feirantes chegaram e a algazarra já tomava conta da feira com os violeiros os cegos e os pedintes se amontoando , e era assim o dia uma rotina só. Arnaldo agora com dezoito anos estava voltando para casa, quando os pensamentos voltaram , fazia um ano que perdera o pai tragicamente e sem se aperceber estava chorando , estava chorando de saudade da pai e das palavras que lhe dissera poucos dias antes de sua morte, foi a primeira vez que ouviu seu pai lhe chamar de filho e o estreitar nos braços com lagrima nos olhos dizendo: Só hoje estou vendo como você cresceu , como pude viver tanto tempo julgando você sem o conhecer . você sempre presente e eu cego . Esses fatos o correram quando o menino completava dezesete anos e Rita fez um grande bolo para comemorar a data . seu Arnaldo não bebia nada , e por isso ninguém podia dizer que era de bebida . O padre Augusto foi ter uma prosa com o seu Arnaldo e ao voltar para dentro de casa chamou o rapaz e disse : Vá ter uma conversa com eu pai , ele o está esperando . Quando Arnaldo , chegou perto do pai, ele já estava cheio de lagrimas e com os braço abertos , a principio o rapaz sem estender nada se entregou e chorando também e num soluço disse meu pai quanto tempo esperei esse momento , quanto tempo estou para lhe dizer eu ti amo pai , eu não sei o que o padre disse e nem preciso saber , só sei que agora eu tenho um pai de verdade e que o senhor tem um filho que o ama muito e sempre sentiu muita falta do seu carinho e seu afeto, de agora em diante seremos não só pai e filho mas, amigos e companheiro , e assim abraçados entraram na sala onde Rita se mostrou comovida e também chorou . Já era noite quando o rapaz chegou sitio, e não deixou que sua mãe de leite e de criação partilha-se dos seus pensamentos , ela o ajudou a guardar as coisas e depois lhe disse :parece que foi ontem , mais a pesar de toda mudança que ouve em nossa casa e no crescimento do nosso sitio , ainda vejo meu menino procurando pelo pai, parece que foi ontem que seu pai nos deixou , e que você matou aquele boi assassino com um só murro, mais vamos deixar o passado com seu passado e vamos viver nosso presente .Arnaldo olhou para Rita e disse quando é que eu vou poder esconder os meus pensamentos da senhora minha mãe? A senhora sabe de mim mais do que eu mesmo , de fato estive pensando , e agora estou com saudade de meu pai, quando nos tornamos amigos,companheiro, quando o chamei de pai e ele me chamou de filho , e quando tudo caminhava bem , veio a desdita em forma de boi . Naquele dia logo após meu aniversario, me lembro como se fosse hoje , meu pai por um descuido deixou cair o ferrão em cima do boi que ficou ferido e enfurecido atacou meu pai com os chifres e atravessou seu coração nesse momento eu não tive duvida pulei em cima do animal e desferi um soco certeiro bem no meio da cabeça ., o animal quando caiu já estava morto . Perdi o meu pai e ganhei esse apelido infame de Zé Boi.. Arnaldo , aquele menino, hoje se dedica as esculturas e aos santos que ele fabrica e vende até para outros paises , sua fama e sua arte já atravessam muitas fronteiras . Sua vida sofreu mudanças Rita , sua mãe de leite e de criação também o deixou, Deus a levou para junto dele , num dia de feira quando Zé Boi chegou em casa encontrou Rita o esperando , como era de costume ele o ajudou a descarregar e foram para dentro da casa Rita pediu que ele ficasse perto dela ,pois ela não se sentia bem estava com uma dor no peito mais ele não se importasse que era coisa da idade, só não queria que ele se afasta-se pois ia lhe contar uma historia ; Quando Rita ia falar seu rosto se contraio e com um grito horrendo abraçada ao filho não fez mais nenhum movimento , Arnaldo a levou para a cama fechou a casa voltou a cidade para providenciar o enterro , no dia seguinte foi feito a enterro e Rita foi sepultada no cemitério de Curiapeba. Quando Zé Boi, assumindo o apelido , voltou ao sitio estava muito transtornado mais pensou a vida continua , e eu não posso parar , pois nem meu pai nem minhas duas mães iriam querer isso , e juntado seus empregados lhes deu a ordem , de hoje em diante vamos trabalhar com muito afinco para que meus pais tenhas orgulho de nosso trabalho, e assim foi feito Zé com suas esculturas os empregados com o sitio e tudo foi prosperando de tal maneira que em vez de dois empregados e de um sitio existe uma grande colônia e uma grande fazenda , onde se planta muita cana e se cria muito gado de leite e de corte . Esta é a história de José Arnaldo Filho que só alguns conhecem , só os mais antigos conhecem , e de Zé Boi, o mais afamado santeiro e fazendeiro de toda a região.
Curiapeba Cidade que não existe



Curiapeba é uma cidade nem grande nem média,tão pouco pequena.Você meu amigo minha amiga ,pode dar a dimensão que quiser.
Curiapeba tem poucos habitantes, Curiapeba nem consta no mapa nem em qualquer estudo geográfico. Não é perto nem longe,então Curiapeba não existe!!!,mas, meu amigo minha amiga Curiapeba existe sim, e tanto existe que vou lhes falar de suas belezas de seus encantos e de seus mistérios,e de como se chega lá. Curiapeba tem lindas cachoeiras, nascentes de águas cristalinas, lagos peixes grandes pequenos e coloridos, aves e pássaros que encantam com seus cantos e gorjeio, bosques floridos,uma diversidade de árvores e animais que enchem os olhos de qualquer privilegiado que ali habite.São árvores gigantescas como o jatobá, palmeiras,ipê de várias tonalidades,cedro, pinheiro, buriti, babaçu,araucária,jacarandá,Pau-brasil, coqueiros de várias espécies e tantas outras árvores que a mata guarda preservada da mão do homem predador.Curiapeba não é nem tem parecença com qualquer com qualquer outro lugar, Curiapeba é simplesmente ela,.ela que tem em sua trajetória de vida grandes momentos e não conhece percalços.Em Curiapeba não existe pobreza , tristeza, melancolia,

sábado, 29 de agosto de 2009